Editorial: Uma nova Fiep

A Fiep é a casa da indústria e dos industriais da Paraíba. A entidade acaba de eleger Cassiano Pereira para um mandato tampão que deverá se estender até 2027. Ele vai substituir Buega Gadelha, que foi afastado do cargo.

Buega Gadelha esteve à frente dos destinos da Fiep por quase 30 anos. A longa permanência no cargo atenta contra as regras democráticas que devem nos guiar e, sobretudo, contra a sempre tão salutar alternância de poder.

O atual momento da Fiep haverá de ser útil para algumas reflexões. Uma delas: a necessidade de que se formem novas lideranças. Novas e capazes de compreender a real dimensão do setor industrial e reconduzi-lo a um patamar que há muito deixou de ocupar.

Outra reflexão que o atual momento nos oferece: o zelo que os industriais da Paraíba devem ter pela entidade que os representa. Esse cuidado com a Federação não está circunscrito a processos eleitorais e aos interesses neles envolvidos. É permanente.

Sediada em Campina Grande, a Fiep é responsável pelo funcionamento, na Paraíba, das entidades do Sistema S, tais como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI). São instrumentos essenciais ao desenvolvimento do setor industrial.

A Fiep precisa ser reconstruída como instituição que, de fato, represente a indústria e os industriais da Paraíba. O setor é crucial ao desenvolvimento do Estado. Carece de força e independência. Não pode ser subserviente e servil aos interesses do jogo político que se dá fora da entidade.

A Fiep deve reescrever sua história, resgatando seu legado, pensando o presente e, principalmente, construindo uma agenda que projete estrategicamente o futuro do setor industrial paraibano com seus imensos desafios.

A Fiep não pode ser refém de processos eleitorais nem de práticas que vinculem a entidade somente à conquista e à manutenção do poder.

Já está posto que a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba agora está sob um mandato tampão. Até que se realize uma nova eleição, há um tempo para que se forme consenso em torno de novas ideias e novos conceitos.

Há um tempo, portanto, para a formação de lideranças que possam, amanhã, fazer com que a indústria paraibana seja grande outra vez.

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Fonte: Jornal da Paraiba

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